Frieza na confissão provoca morte de desafeto

Não está livre, mas leve e solto está. Literalmente “de pernas para o ar”. Assim se encontrava, na tarde de ontem, Geraldo Francisco Lima de Leão, 24 anos, diante da polícia e da reportagem.
De forma tranquila, ele detalhou o homicídio que cometeu na madrugada do último domingo contra Gerson Pinheiro da Silva, 25 anos. Conformado com a prisão, Geraldo disse que não sente remorso pelo crime. O arrependimento que sentiu foi quando viu, por meio da imprensa, na última segunda-feira, a prisão de Waladim Lopes, acusado de ter sido o autor do crime.
VERDADE
Após o homicídio, policiais da Seccional da Cidade Nova passaram a investigar o caso. No dia seguinte, a polícia prendeu Waladin. Ele foi apontado como autor do homicídio e, além disso, foi constatado que estava foragido da colônia agrícola Heleno Fragoso, pois há 9 anos cometeu o crime de estupro. Ele declarou inocência da acusação, mas permaneceu preso em virtude do estupro cometido.
No último dia 3, a polícia recebeu uma denúncia informando que a polícia havia feito a prisão errada e que o verdadeiro criminoso se tratava de Geraldo. Com isso, o delegado Paulo de Tarso Dutra continuou com a investigação e, no final da manhã de ontem, por volta das 12h, foi até a casa da irmã de Geraldo e, chegando lá, ele foi encontrado.
FRIEZA
“Ele não resistiu à prisão e logo assumiu a autoria do crime. Desde o início ele foi frio e tranquilo”, disse o delegado. A afirmação do delegado foi confirmada com a conversa que a reportagem teve com Geraldo. Ele disse que cometeu o crime em virtude de uma desavença que os dois tinham. “Ele não ia com a minha cara, uma vez eu fiz um assalto e, na fuga, pulei e passei pelo quintal dele, desde aí ele ficou na marcação”.
Geraldo disse que a causa do crime foi por ele ter apanhado de Gerson na frente de uma “paquera”. “Eu tava lá com a senhora e ele veio pra cima de mim, eu não pude fazer nada porque ele tava na companhia de mais dois caras, depois que saí de lá esperei ele”. Dito e feito, já era de madrugada quando Geraldo avistou Gerson. “Eu parti pra cima dele, era eu ou ele, peguei uma pedra e joguei, aí depois eu saí de lá e quando voltei ele ainda tava respirando, aí eu dei mais pauladas no crânio dele”.