Convite

Será entregue pela prefeita municipal Márcia Cavalcante, para  Secretária de Saúde, equipamentos de informática e mobiliários adquiridos com recursos do PLANEJASUS, no dia 12 de abril de 2011, às 10:00 horas da manhã, no auditório da Secretária Municipal de Saúde.   

Corpos de 11 crianças mortas em ataque a escola no Rio são enterrados

Durante toda a sexta-feira (8), familiares, parentes e moradores do bairro de Realengo deram adeus a 11 das 12 crianças mortas pelo atirador Wellington Menezes de Oliveira na Escola Municipal Tasso da Silveira, na Zona Oeste do Rio. O corpo de Ana Carolina Pacheco da Silva, de 13 anos, será cremado no sábado (9).
Apenas o corpo do atirador Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, ainda está no Instituto Médico Legal (IML). Segundo o IML, após dez dias, o rapaz será enterrado como "corpo não reclamado".

Vizinha da família de Ana Carolina, Fernanda Pereira afirmou que a menina era uma criança normal, como todas outras: "brincava com a minha filha de 8 anos toda hora, mas foi tirada da gente dessa forma", disse. Segundo ela, a família decidiu pela cremação e as cinzas de Ana Carolina serão deixada num lugar ainda a ser escolhido.
Igor Morais da Silva de 14 anos, foi enterrado por volta de 17h desta sexta-feira no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap. O irmão dele, Eduardo Morais da Silva, de 11 anos, também aluno da escola, estava desconsolado.
“O que eu mais gostava era quando meu irmão jogava bola comigo”, recorda ele.
“Ele saiu vivo, voltou morto. Acordou às 6h para ir à escola, e não voltou mais”, dizia, em voz alta, Dalva de Oliveira, amiga da família e ex-diretora da creche que cuidou de Igor e Eduardo. “Isso não pode acontecer. Não pode!”, bradou ela.
Todas as cerimônias foram marcadas por muita emoção nesta sexta-feira (8). A costureira Ana Rosa do Nascimento, de 54 anos, não escondeu a tristeza durante o enterro da sobrinha, Milena dos Santos Nascimento, no Cemitério do Murundu. O corpo da jovem, de 14 anos, foi enterrado sob aplausos de familiares e amigos do bairro. Para a tia da adolescente, a família ficou 'destruída' com a tragédia.
"A emoção e a dor são grandes. É uma mistura de dor e revolta. Está faltando um pedaço de nós. Só estou aqui porque estou tomando remédios para me acalmar", disse ela.
Segundo Ana, a sobrinha tinha o sonho de participar de desfiles de moda e cursar uma faculdade.
"A Milena era muito estudiosa, um doce de menina. Ela sempre dizia que queria fazer faculdade e sonhava ser modelo também. Mas veio um maluco e acabou com o sonho dela. A crueldade está demais nesse país", lamentou.
As duas irmãs de Milena, Helena (12) e Tainá (15), sobreviveram ao ataque à escola. Para a tia, elas vão precisar de ajuda psicológica para superar o trauma.
Acompanhado do irmão e do primo, o policial militar Ricardo Goulart foi ao cemitério do Murundu para o velório e enterro de Bianca Rocha Tavares, de 13 anos. A filha do policial, Miriã, de 10 anos, também estava na escola no momento do ataque. Ele conta que chegou rapidamente à escola após ser alertado por um vizinho.
Preocupado com a segurança, Ricardo decidiu matricular a filha em uma escola particular
A doméstica Márcia Valéria, de 47 anos, levou as suas três filhas ao cemitério. As crianças eram amigas de bairro de Laryssa Silva Martins, 13 anos, também enterrada no local. Preocupada, ela pediu mais segurança no bairro.
"Será que os colégios vão ter seguranças? Como levaremos nossos filhos para a escola agora? Tudo isso é muito triste, não sei nem o que falar", encerrou.
No cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, a avó de Larissa dos Santos Atanásio passou mal e precisou ser socorrida. Os parentes se despediram da menina com cânticos