Pescado está mais caro nesta Semana Santa

Nesta Páscoa, os preços não estão festivos para o consumidor paraense. Chocolate e outros produtos tradicionais da Semana Santa ficaram mais caros em 2011. O pescado, por exemplo, teve aumentos abusivos comparado ao mesmo período do ano passado. 
O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/Pa) observou que, nos primeiros 15 dias de abril, houve elevação na maioria dos preços de 38 diferentes tipos de pescados, comercializados em dez mercados  municipais da Grande Belém.
Quem quer optar por um almoço alternativo, a base de bacalhau, pirarucu, caranguejo ou camarão, também não vai ficar contente com os preços.  Quase todos estes produtos estão mais caros em relação à Semana Santa do ano passado. A exceção ficou com o bacalhau, que por ser importado teve seu preço diminuído em função da queda do dólar.
Já o pirarucu (seco ou resfriado) sofreu um reajuste nos últimos 12 meses em torno de 15% e está sendo vendido a preços entre R$ 25 até R$ 35, mas dentre os itens tradicionais continua sendo a alternativa mais barata para esta Semana Santa.
O bacalhau pode ser encontrado com preços variados nas grandes redes de supermercados de Belém. O Bacalhau do Porto hoje custa, em média, R$ 45 o quilo. Os tipos mais baratos, como o bacalhau Saith sai a R$ 25,25 o quilo, e também está 4,82% mais barato que no mesmo período do ano passado.  A boa notícia é que os acompanhantes do bacalhau estão um pouco mais baratos.  O azeite de oliva apresenta uma queda de 15,57% e a batata lavada recuou 19,91%.
O decreto que proíbe a saída de pescado do Pará, baixado pelo Estado e pela Prefeitura de Belém,  impediu que os preços tivessem uma subida ainda maior. Ainda assim, os balanços realizados pelo Dieese/Pa indicam que o peixe chega com altos valores às mesas paraenses.
De janeiro a março deste ano, pesquisas realizadas semanalmente apontaram reajustes de até mais de 30% no preço dos peixes vendidos na Grande Belém. 
Alternativas para os consumidores surgiram através de acordos fechados pela Secretaria de Pesca e Aquicultura do Estado (Sepaq) com entidades como o Procon/Pa e o próprio Dieese/Pa, que ampliaram as opções por meio da venda do peixe resfriado (Industrializado) e o do peixe vivo, em vários pontos da capital, com preços mais em conta.
As pesquisas apontam que peixes considerados nobres, como filhote e a pescada amarela, estão bem mais caros  e custam entre R$ 15 e R$ 20 o kg, dependendo do local de comercialização.
O camarão é outro produto que subiu de custo e está mais caro. O camarão do tipo regional teve reajuste de 36,62% e o camarão rosa teve aumento de 43,73%. Já o concorrido caranguejo também encareceu e está variando entre R$ 1,00 e R$ 1,50 a unidade. As informações são do Dieese/Pa. (DOL)